sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Exposição de Arte

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3. Os comedores de batata


No escuro as batatas morrem

lentamente, delicadamente,

entre palavras sérias ou não.

As batatas morrem evisceradas,

uma a uma,

sem que haja qualquer ritual que preceda o ato.


A morte é ignorada – natural.


Não que não seja sabida

ou sentida

mas a morte das batatas evisceradas sobre a mesa quase invisível no escuro

não merece mais atenção que aquela que lhe é dada:

A atenção dada aos mortos emoldurados nas ruas verdes do subúrbio.

Poema curto número dois

Pergunto mais que respondo.
Esqueço mais que aprendo.
Espero mais que aconteço.
Arte.

Poema curto número um

Estou determinado a me encerrar em você
Enclausurar-me em cada dobra de teu corpo
e ali permanecer até que aconteça o inevitável. (um orgasmo).

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