a moça tinha razão
ela não precisava tomar chuva só para marcar o ponto
ela ia se molhar toda e pegar um resfriado
o ponto podia esperar
todos a viram todo o dia
mas não houve quem a ouvisse
ela não recebeu o salário
e ponto final
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15/06/2011
marcadores que iam ser
pesquisar esboços
domingo, 17 de julho de 2011
poema no. 242
a casa de retaguarda S.F.A.
é uma incongruência
a banana é de primeira
e a carne é de terceira
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14/06/2011
é uma incongruência
a banana é de primeira
e a carne é de terceira
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14/06/2011
poema no. 241
o estado
oprime
reprime
segrega
mas ainda vamos
leva-lo ao seu lugar
o estado
senhores
é um purê de batatas
e nada mais
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13/06/2011
oprime
reprime
segrega
mas ainda vamos
leva-lo ao seu lugar
o estado
senhores
é um purê de batatas
e nada mais
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13/06/2011
poema no. 240
guerras
guerras
guerras
e uma revolução
o futuro
a quem pertence
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12/06/2011
guerras
guerras
e uma revolução
o futuro
a quem pertence
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12/06/2011
poema no. 238
não sei mais
o que ocorre
em ti
tinha coisa
que eu não sabia
mas agora
não sei tu
não sei eu
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10/06/2011
o que ocorre
em ti
tinha coisa
que eu não sabia
mas agora
não sei tu
não sei eu
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10/06/2011
poema no 237
o centro de são paulo está limpo
lavaram o cheiro de urina que tinha lá
e também as paredes pichadas
lavaram todas
e como profilaxia
detiveram todos os que urinavam e pichavam por ali
de vez em quando é necessário jogar água em pessoas nas ruas
(mas só nos que moram nas ruas e precisam urinar nelas)
e bater em gente que escreve nas paredes
mas o centro
veja
uma beleza
uma beleza
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09/06/2011
poema no. 236 ou cegueira
a garota me confirma
o emissário é muito belo
a vista é muito bela
a partir do deque
o mar é muito belo
e também a ilha
(a pequena ilha que vimos da ilha)
e se partir do poupatempo
em direção à praia
tudo fica cada vez mais belo
o problema
ela diz
são as pessoas mesmo
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08/06/2011
o emissário é muito belo
a vista é muito bela
a partir do deque
o mar é muito belo
e também a ilha
(a pequena ilha que vimos da ilha)
e se partir do poupatempo
em direção à praia
tudo fica cada vez mais belo
o problema
ela diz
são as pessoas mesmo
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08/06/2011
poema no. 235
ppppppppp
ooooooooo
eeeeeeeeee
sssssssssss
i i i i i i i i i
aaaaaaaaa
poezia
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07/06/2011
sexta-feira, 15 de julho de 2011
poema no. 233
um beijo é tanto
tanto
que se ocorre
um beijo
é tanto
tanto
que me ocorre
correr
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05/06/2011
tanto
que se ocorre
um beijo
é tanto
tanto
que me ocorre
correr
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05/06/2011
poema no. 232
por entre teus seios
tuas bocetas
(todas elas)
que me enchem de todos os prazeres
(todos eles)
pela pequena fenda onde te fodo
pela pequena fenda onde te fodo
onde enfio meu uno e
falas
de meu
falo
por entre os teus orifícios melados
escorregam meus amores sujos
(toda a lascívia imunda com que te amo)
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04/06/2011
poema no. 231
acolher
é proteger
é preciso mais
que ameaça
desconfiança e
fiança
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03/06/2011
poema no. 230
quando você surgiu
nua e úmida
com rosto de vontade
virei ateu
pra não fazer pecado
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02/06/2011
poema no. 229
gente morre sob tiros
gente morre sob castanhas
gente morre sob enxadas
gente morre
gente morre
gente morre
(o Estado mata)
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01/06/2011
poema no. 225
há coisas muito chatas na revolução
seu longo não acontecer
por exemplo
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28/05/2011
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