sexta-feira, 30 de março de 2012

terça-feira, 27 de março de 2012

poema no. 248

depois de todas as coisas terríveis
que enfrentamos

depois de enfrentarmos juntos o mundo

é o enfrentamento
o que nos afastará

(eis que saímos derrotados)

domingo, 25 de março de 2012

poema no. 247

querer morrer
e não poder

querer morder
e não conter

querer viver
e não saber

querer crescer
e não caber


querer morrer
e não conter

sexta-feira, 16 de março de 2012

poema no. 246

minha amiga
Thalita V. Miranda
foi a Portugal
depois a Londres
(onde teve dissabores)

depois eu sonhei com a Thalita
e ela tentava me assassinar

depois eu sonhei de novo
e nos abraçávamos demoradamente

acho que culpo minha amiga por me fazer saudade
mas quero mesmo é ficar de bem
(nem precisei de freud)

quarta-feira, 7 de março de 2012

poema no. 244

Fabricia não tem olhos azuis
ela é preta
(mas finge que não é)
e mora num abrigo para crianças pobres
e pretas

certa feita
porém
Fabrícia ficou toda azul
resplandecendo azul
sorrindo azul
congelada e azul

em frente a uma tevê na sala escura

Um poema por dia (não consecutivo)

Apesar do aparente fracasso (sim, perdi para a cotidianidade da vida), resolvi acabar a série "um poema por dia" com o mínimo de dignidade.
Assim, daqui pra adiante, seguiremos com um poema por dia, até completar o no. 366.
Talvez não consecutivos. Talvez leve mais de 366 dias. Mas chego lá.

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