sexta-feira, 15 de março de 2013

poema no. 349 ou poema sensato

sempre

a sisudez
a sensatez
a aspereza
a frieza
a certeza

é certo que havia beleza
- uma áspera beleza -
e havia sorrisos
- uns ásperos sorrisos -
e havia ternura
- uma fria ternura -

mas havia a relutância
em crer que
de nós
a sensata
de nós
a certa do que havia de ser certo
a dona dos olhos abertos
(que há hora de tê-los abertos)

chorava
levava o sentimento ao limite
rasgava o coração

pois rasga

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