terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Réquiem Carioca

Repouso eterno

Minha vida entre as canas
Minha vidinha doce entre os pés de açúcar 
Vai para lápide de uma cova ao pé do Corcovado 
Vou salgar meu banho de cachoeira 
Vou a macumba hortifrutigranjeira 
Quererei ouvir um samba, tocar um samba 
Ser um samba de viola

Terei vários peixes na parede
Muitos nós de marinheiro com todas as cordas e de todas as dificuldades 
Irei a praia, terei micose 
Levarei um susto com uma criança que me pede esmola
     
Beberei da melhor cachaça aditivada
E lembrarei da minha terra
Da minha vidinha de açúcar
Pensarei em voltar, mas desvirtuarei
Porque adoro as sirenes
     
Sirenes
Muitas Irenes
Na rua de meu apê.

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