Festival de Cinema |
O Festival Internacional de Cinema de Berlim é um Festival de Cinema. Isso basta.
Não serei ingênuo o bastante para dizer que em Berlim- diferente de no Oscar, Globo de Ouro e congêneres - a indústria não apita. Mas há um outro contexto. Um Festival, embora premie, não é um prêmio. Há as sempre belas mostras paralelas. Há os prêmios do público. E filmes são exibidos. Mas vejam, só! Pessoas se prestando a assistir a filmes.
Neste ano, a sequência do premiado Tropa de Elite será exibido na mostra Panorama. Na edição em que foi vencedora, a fita causou muita polêmica entre os participantes, imprensa (entre todos, na verdade). Acusada de fascista por alguns e de "muito importante" pelo presidente do júri, o diretor de cinema Constantin Costa-Gavras, o filme ganhou o Urso de Ouro sem unanimidade.
O diretor Jafar Panahi, preso e proibido de fazer cinema por 10 anos no Irã, será homenageado. Seus filmes serão exibidos em mostras paralelas e um debate está previsto para o dia 17 de fevereiro reunindo cineastas e iranianos exilados sobre a censura aos diretores de cinema no Irã. O diretor do festival, Dieter Kosslick protesta contra essa prisão num comunicado que já foi publicado.
Na mostra competitiva estão "O Cavalo de Turin", de Bela Tar; "O Prêmio" ,da cineasta Paula Markovitch; "Nader e Simin, uma Separação", de Asghar Farhadi; "Contos Noturnos", de Michel Ocelot; "Margin Call", de JC Chandor; "Come Rain Come Shine", de Lee Yoon; "Sleeping Sickness", dirigida por Ulrich Koehler; "Um Mundo Misterioso", de Rodrigo Moreno; "The Forgiveness of Blood", dirigido por Joshua Marston; "Sábado Inocente", de Alexander Mindadze; "Nosso Grande Desespero", de Seyfi Teoman; "Coriolanus", de Ralph Fiennes; "Odem", de Jonathan Sagall; "O Futuro", de Miranda July; "Se não Nós, Quem", de Andres Veiel e o "Yelling to the Sky", de Victoria Mahoney.
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