Eis o covil |
Este não é um esboço quente. Não no que se refere ao frescor da matéria, pelo menos.
Tropa de Elite 2 já não é o assunto do momento. E, por isso mesmo, longe de paixões, arrebatamento e discussões acaloradas, este esboçador resolve escrever sobre ele hoje.
Quando do lançamento do primeiro filme da série, fiquei um pouco confuso. Demorei a entender se o filme, de fato, era fascista, promovia a criminalização do pobre, ou denunciava tudo isso ironicamente (Tá vendo, é assim que é a polícia!).
Essa resposta veio com o segundo filme. Tropa de Elite. O filme não é fascita. Contudo está longe de pregar um Estado democrático.
O grande problema de Tropa de Elite é eleger como heróis os policiais incorruptíveis do Bope. A eles, como a todos os heróis, é dado o direito de ferir direitos. É o Estado pisando em cima das cartas todas de leis, passando por cima do Judiciário e executando sumariamente. No novo filme, há uma personagem que denuncia essa questão - o professor Diogo Fraga, inspirado no deputado estadual Marcelo Freixo (Psol-RJ).
Contudo, no fim, a impressão que fica no imaginário, é essa: há heróis. É bom que eles matem os bandidos. E os bandidos estão todos dos morros.
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