a saída
à saída
porque quando meu pai disse que tinha nojo de tudo isso
o acusei de reacionário e pelego
e agora
quando podemos construir o futuro
quando acho que podemos
ser flecha e arco
(ingenuidade de canção infantil)
quando estamos a um passo de consolidar
algo tão belo
e tão
por que é que no fim das contas
estamos um com a mão no pescoço do outro
por que é que esperamos que o acaso interceda por nós
por que é que estamos esperando
não sou eu
nem niguém
mas é que hoje houve tanta burrice de ambos os lados
e ambos eram o mesmo
mto bonito, Maurício! PARABÉNS!
ResponderExcluiré mandar pra Edileuza, seguido de "Remorso", do Olavo Bilac:
Às vezes uma dor me desespera...
Nestas ânsias e dúvidas em que ando,
Cismo e padeço, neste outono, quando
Calculo o que perdi na primavera.
Versos e amores sufoquei calando,
Sem os gozar numa explosão sincera...
Ah! Mais cem vidas! com que ardor quisera
Mais viver, mais penar e amar cantando!
Sinto o que esperdicei na juventude;
Choro neste começo de velhice,
Mártir da hipocrisia ou da virtude.
Os beijos que não tive por tolice,
Por timidez o que sofrer não pude,
E por pudor os versos que não disse!
Valeu, Bernardo. Mas não escrevi pra Edi, nem pra ninguém. Aliás neste "ambos" estou incluído.
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