amanhã eu fui agora
não esperei o tempo da vida
o tempo que se desenrola pouco a pouco (dia a dia
mês a mês ano após ano o tempo da vida
segue me enterrando)
é pouco pra tudo o que quero
como ater toda a alegria que não se tem?
a têm os os palhaços? os tecnocratas?
a têm as prostitutas enquanto são preenchidas por gerentes?
a alegria, mesmo, é muito pouco pra quem espera a vida
segundo a segundo
cansado de ver sempre o mesmo escuro prosaico
é preciso
mais que alegria quando toda a dor do mundo mora em seu peito e quer fugir.
fui amanhã ao teu agora e ele estará errado.
ontem irei ao contrário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário