Claude Debussy |
Claude Debussy foi um compositor. A ele, incomodava a tonalidade (saiba mais sobre a tonalidade aqui e aqui).
Em 2012, além do fim do mundo, completam-se 150 anos de seu nascimento. Nessas datas, muito se costuma dizer sobre o artista e sua vida sofrida, louca, perdida, miserável ou de glórias. E sua obra, a que o fez ser lembrado cerca de 90 anos após sua morte, é ignorada ou passada com desleixo.
Debussy foi um dos primeiros autores a oferecer alternativas concretas à crise tonal que ocorria no fim do séc. XIX. Não atingiu o atonalismo, mas oferece uma música de transição, emque a grámatica tonal era subversivamente questionada.
A sensível, por exemplo, era ignorada, não sendo uma opção à resolução do trítono - sua conversão em consonância. Reduz o movimento cadencial e traz às suas peças acordes pouco usuais emprestados da música modal. O principal alicerce da música tonal, tensão e relaxamento, estava quebrado.
Assim, embora Debussy não rompa a tonalidade e a extrapole, também não a confirma e abre o caminho para que Schoenberg e Webern invertessem de vez a lógica da estética musical.
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