terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Tom Jobim e a reforma da música popular

Até...
   Tom Jobim é um maestro. Ele morreu. Ele nasceu há 84 anos.

   Este esboço de blog já disse que depois de Arnold Schoenberg, nenhuma revolução ocorreu na música ocidental (veja aqui). Algumas pessoas chamaram este esboçador de herege. "E Villa-Lobos?", "E Erik Satie?", "E Gershwin?", "E Tom Jobim?".
   Gênios. Sem sombra de dúvida. Concordo que fui duro em exagero. São gênios. Mas, gênios reformistas. Não há mal em ser reformista na música, mas é um processo totalmente diferente do que houve com Schoenberg. A atonalidade constesta a totalidade da música tonal (a que conhecemos, a que toca nos rádios, a que fez Tom Jobim e a que faz Bruno e Marrone) e propõe algo totalmente novo.
Tom Jobim (bem como João Glberto, talvez até mais) traz uma reforma à canção popular. Seja nas letras, seja na harmonia (cheia de dissonâncias), seja na melodia e até mesmo no modo de cantar, menos empolado, mais intimista.
   Contudo, reformas. Há até muita semelhança entre a Bossa Nova e o Romantismo (trarei, em breve, uma análise de Insensatez em comparação com o Prelúdio no. 2, de Chopin). Baden Powel  tem uma muito engraçada estória sobre essa relação (veja em vídeo abaixo).
   Águas de Março, Passarim, Borzeguim, Soneto de Separação, Samba do Avião... Poderia escrever tantas  linhas mais de canções que são únicas, de Tom Jobim. Mas não inverteram o rumo da música. Apenas lhe deram um novo ângulo. Mais e mais belo.
   Abaixo, Samba do Avião, Borzeguim e Baaden, sobre Samba em Prelúdio (dele e de Vinicius) e o Romantismo.

Um comentário:

  1. gostei do que vi por aqui! Se puder me visite. Um abraço!
    http://pensamentosduneto.blogspot.com/

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